sábado, 20 de maio de 2017

Fala-lhe de silêncios


Um mistério por desvendar, uma alma por descobrir;  São ironicamente pedaços daquilo que dói que a fazem existir. Não existem pois mãos que agarrem, braços que envolvam, quando o interior se consome numa dolorosa tortura ardente. Meu bem, uma alma ferida só consegue ser tocada pela mente. E de olhar ausente e uma dor sufocante, não existe nada num sincero sorriso que não se torne radiante.
Oh, num mundo tão cheio de palavras adulteras e sentidos corrompidos, fala-lhe de silêncios. Fala-lhe daquilo que ela ainda pode ser, fala-lhe daquilo que ainda pode cumprir. Fala-lhe de como a vida corre. Como o teu olhar e como os teus olhos se perdem nos dela enquanto o vento corre, enquanto a vida corre. Enquanto se falam com silêncios, sem falar. Porque tu sabes que ela é um mistério por desvendar, uma alma por descobrir. No fundo, são ironicamente pedaços daquilo que a inspira que a fazem existir. 

1 comentário:

Cláudia S. Reis disse...

Fala-lhe do futuro que espera por ela! Adorei o texto :)