terça-feira, 24 de junho de 2014

E que tudo isto se eternize*


Vejo-a de longe e quase que sinto, quase consigo sentir o que ela sente como que numa inexplicável descoberta de sensações. Sensações aleatórias, sentimentos desconcertados, complicados. Naquele instante eu só gostava de saber que nome se dava àquela espécie de afeição que a prendia num sitio e ao mesmo tempo a libertava das maldades do mundo. E o que era aquilo que ela sentia para além de amor... Ela era eu.
Ah, foi então que me questionei. Questionei-me como algo te podia prender e libertar ao mesmo tempo, como te podia manter num só sitio e no entanto te levar a tantos outros. Como uma só pessoa te pode fazer tão bem e mal ao mesmo tempo e ter o poder de mudar repentinamente o teu humor.
Cheguei a uma altura em que desisti das perguntas, desisti de tentar arranjar noções, significados para tudo aquilo que nunca foi feito para o ter. Foi nesse momento que deixei de me questionar para começar a desejar. Oh, e eu fiquei estagnada no tempo a desejar que o tempo estagnasse somente em cada olhar de ternura, ou em cada palavra bonita e, que somente as borboletas e o eco permanecessem no ar.
Ah meu amor, e que tudo isto se eternize...

2 comentários:

Flor de Maracujá disse...

Tão bonito *.*
Beijinho
www.flordemaracuja.pt

Cláudia S. Reis disse...

E que o vosso eterno dure muitos e muitos anos!