sábado, 18 de fevereiro de 2012

E hoje...



Talvez eu já não saiba mais definir contos de fadas e eu seja mais imcompreensivel e confusa como um labirinto, já que que de mim nunca existe saída ou conclusão exacta. 
A verdade é que para mim já me desinteressa os príncipes e as princesas, os castelos e os cavalos brancos. Deixei de perceber aquelas historias pacatas e sentimentalmente correctas, deixei de tentar adivinhar o final de livros para sonhadores e não me preocupo mais porque perdeu um pouco daquela magia absorvedora de tão repetitiva que é. Talvez me esteja a proteger ou a ver a realidade mais próxima de mim, não sei.
Aliás, tudo isto não quer dizer que eu não seja sonhadora porque sou, as vezes demais! Tanto que me magoo! Apenas significa que às vezes sonhar demais faz-nos cair bem lá do cima e com que a dor seja ainda maior. Acho que prefiro assim proteger-me de parte da dor.

Hoje não sonho tanto como sonhava, talvez não espere tanto como esperava e não suponha tanto como supus um dia. Cheguei a conclusão que por estas razões vivo mais do que vivia penso menos do que pensava  e sinto mais do que sentia. Melhor assim.

Quando somos pequenos somos que como bombardeados com historias perfeitas, cheias de poderes e efeitos especiais. Eu tenho asas, tu tens asas e todos voam menos os maus. Os maus querem ser como tu e tentam derrubar-te mas os bons na batalha final ganham.
Em pequeninos para nós os princepes e as princesas, ficavam juntos casavam e eram felizes para sempre, eles lutavam por elas até ao fim e salvavam-nas dos monstros e todos os demais perigos. Nessa altura sonhavamos também ser princepes e princesas que viriamos a ser reis e rainhas. Mais tarde começamos a sonhar com vestidos compridos brancos e casamentos perfeitos com musica romantica de fundo e aquela valsa entre noivos no maior salão do castelo.

E hoje?
Hoje chove lágrimas em cima do livro da cinderela que tens sobre as pernas, hoje estás tu a le-los pela ultima vez e a esconde-los no fundo do baú. No mesmo que arrumaste os brinquedos e todas as coisas que tu deixaste de acreditar e dar valor. Deixaste de sonhar tanto como sonhavas, aprendeste que apesar de na tua infancia teres adormecido por varias vezes sobre os contos que a tua mae ou avó te contavam, hoje adormeces sobre as lagrimas por teres tentado transpo-lo para a realidade, para tua vida e não ter resultado.

Percebes agora a falta de credibilidade em significados perfeitos, metafora bem organizadas?

Aprendi a gostar de mim imperfeita e aprendi que alguem que goste realmente de nós admira-nos assim, ama-nos assim e quer-nos assim. Quem te ama ri-se com a pior graça que digas e pela maior barbaridade que faças. Quem te ama vai fazer de tudo para não te perder, quem te ama olha-te com uma ternura que nem tu sabes explicar e quando te ama tu apenas com aquele olhar consegues perceber. Amor não é facil, nunca foi, amor é mesmo assim, complicado, confuso, sem explicação e uma salada bem maluca de sentimentos, odio, amor, tristeza, alegria.
Amor é imperfeito, cheio de retroceços e avanços, cheio de inprevisibilade e emoçoes, melhor ainda que qualquer conto! Amor na realidade é completamente inesperado.
É por tudo isto te deixa assim não é? Em alguns momentos sem saber o que dizer e em outros sem saber o que fazer. Mas olha não digas, não faças, sente apenas.

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